terça-feira, 28 de setembro de 2021

Crocodilianos e Quelônios

Quelônios


    A tartaruga da Amazônia é o maior quelônio de água doce da América do Sul, pode atingir 80 cm de comprimento por 60 cm de largura. Possui casco acinzentado na região do dorso, casco ósseo é coberto por placas córneas, compreende a carapaça achatada, com manchas escuras. 
Disponível em:
https://th.bing.com/th/id/R.ca0c748d9ee9baa5a102181cb9a51886?rik=x04c6YAmex1vNQ&pid=ImgRaw&r=0


Preparo e povoamento do viveiro:
    Sendo exposto a raios solares durante uma semana, executa-se a limpeza das laterais e do fundo do viveiro, eliminando os materiais de construções, restos vegetais, vidros, plásticos, entre outros.
    Logo após, implementa o abastecimento do viveiro e seu povoamento, respeitando a densidade de 1 tartaruga/2m² de área alagada.
Disponível em:
https://blogdafloresta.com.br/folhafl/wp-content/uploads/2015/07/projeto-pe-de-pincha-blogdafloresta_9.jpg


Manejo alimentar:
    As tartarugas com 13 meses (fase 1) são alimentadas duas vezes ao dia, sendo incluída uma dieta com ração extrusada feita para peixes onívoros (com 34% de proteína bruta) com um intervalo de 4 horas para cada alimentação.
    Alcançando os 32 meses (fase 2), vão passar a ter apenas uma alimentação ao dia com a mesma dieta, porém com um decréscimo de 10% de proteína bruta no arraçoamento.

Biometrias:
No decorrer de todo o cultivo, progressivamente de 4 meses são realizadas avaliações biométricas, usando apenas uma décima parte do lote, com o intuito de analisar o desempenho corporal, conversão alimentar, ganho de massa e a presença de ectoparasitas.

Determinação de sexo:
    Para determinar o sexo do animal será necessário avaliar estes quesitos abaixo:

Macho
  • Cauda espessa e comprida.
  • Cloaca próxima das extremidades.
  • Comparando os animais de sexo opostos da mesma idade e verá que o macho será o menor.
Fêmea

  • Cloaca entre a base e a extremidade da cauda.
  • Cauda mais curta e menos espessa.

Disponível em: https://i.pinimg.com/736x/9c/c4/28/9cc4283f8f76314671c056174f1d56a0--male-or-female-a-turtle.jpg


Crocodilianos




Disponível em: http://longbayoucondos.com/~longba6/AlligatorSkip_color.gif



Espécies de crocodilianos mais ocorrentes no Brasil
    Não existem crocodilos de água salgada no Brasil, porém no nosso país vivem jacarés de água doce. 
    A diferença entre os jacarés dos crocodilos:
  • Ingerem plantas e frutos.
  • O jacaré possui uma cabeça mais curta e mais larga
  • Focinhos mais avantajados.
Jacaré-do-Pantanal (Caiman yacare)

  • Focinho longo.
  • Chega a 3 metros de comprimento.
  • Escamas osteodérmicas desenvolvidas.
    Atualmente esta espécie se encontra na bacia do rio Paraguai, Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul. No decorrer da seca, estes animais vivem em rios, riachos e lagoas artificiais. É uma excelente fonte de proteína animal por haver baixos valores de colesterol, valor biológico e alta digestibilidade.
Caiman Yacare. 
Disponível em: https://th.bing.com/th/id/AMMS_026ed855c8a1cdb950d22cc77bb1ce83?pid=ImgDet&rs=1

Jacaré-Açu (Melanosuchus niger)

    Encontra-se em ameaça de extinção por ter uma carne apetitosa e pele desejável, vivendo em média de 80 anos. Reproduzem uma vez ao ano, apesar disso, a fêmea pode pôr até 50 ovos. Bem como, sendo um dos maiores jacarés, sendo capaz de atingir 6 metros de comprimento e peso de 300 kg, apresentando uma coloração escura com faixas amarelas , se alimentam de peixes , caranguejos e pássaros. Se habituam em rios com águas calmas , lagoas e áreas de várzea.

Melanosuchus Niger. 
Disponível em: https://st4.depositphotos.com/18212132/20059/i/1600/depositphotos_200598274-stock-photo-black-caiman-melanosuchus-niger.jpg

Jacaré-do-Papo-Amarelo (Caiman latirostris)
    O objetivo principal da atividade de criação do jacaré-do-papo-amarelo é o aproveitamento total do animal, da urina fixador em perfumaria, até sua carne e peles de qualidade nutritiva, tornando-se uma atividade ecológica e sendo viável economicamente.
Caiman Latirostris.
Disponível em: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfb5oF6jxdyZE-gxRuj8vMfya3ynL1Ig92A39c531oyJiKkjzAqNiS7LHtIocpM8jSjs9GVvHw631Vj-_DKFJJtSaPup0TvqMzPRWzMrtplL-ultDbfudkwbvIQDn8uJ1EYIqGt77s4vQ/s1600/DSC_3074.JPG
 

Jacaré-coroa (Paleosuchus trigonatus)
    Sendo uma espécie pequena comparado aos outros jacarés, o macho atinge 1,7 a 2,3 m de comprimento já as fêmeas 1,5 m. Tendo uma cauda menos flexível e faixas escuras no corpo com um fundo amarelado e ventre esbranquiçado. No entanto há uma desvalorização comercial com a sua pele, causando o desinteresse em cultivar.
Paleosuchus Trigonatus. 
Disponível em: https://th.bing.com/th/id/R.1ed60700b543b70f042486a3b0ccfaf1?rik=q36VH1Xm7WL2Kg&riu=http%3A%2F%2Fs.glbimg.com%2Fjo%2Fg1%2Ff%2Foriginal%2F2014%2F12%2F30%2Fjacare-coroa_4.jpg&ehk=vJizQrJnNRNP994eC0zCNfIvYQkHLPkAPufbC%2FqWyFI%3D&risl=&pid=ImgRaw&r=0

Jacaretinga (Caiman crocodilus) 
    Possuindo uma maior distribuição, sendo cultivado no estado do Amazonas com o destino a São Paulo para comercialização. Foi a espécie com mais capturas ilegais. Encontra-se em grandes rios, represas e tanques de piscicultura.

Caiman Crocodilus. Disponível em:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a0/Spectacled_Caiman.JPG
    Os sistemas de criação autorizados no país são do modelo fechado ou farming , com todas as fases do ciclo sendo em cativeiro ,desde a produção até o abate. E também podendo ser coletados os ovos na natureza e levados ao criatório. Importante ressaltar que é necessário ter uma licença viabilizada pelo IBAMA para poder criar jacarés.

Modelos de criação:
  • Ciclo farming.
  • Cativeiro (cópula, incubação, postura, eclosão dos ovos e desenvolvimento dos filhotes).

  • Ciclo ranching.
  • Habitats naturais (cópula, nidificação, construção de ninhos e postura).

  • Raça comercial ou harvesting.
  • Todas as etapas são feitas em habitats naturais.

Estados Produtores
    Segundo os dados da Embrapa Pantanal, o Mato Grosso é o maior produtor de cultivo de jacarés do Brasil, com 51 fazendas de criação ranching. Outros estados também são grandes criadores, o Mato Grosso do Sul é o segundo maior, criando anualmente cerca de 50 mil animais. São Paulo também é um dos criadores de Jacarés com destaque, e também é o maior consumidor, cultiva mais de 26 mil e consome cerca de 100 jacarés por dia. O Estado de Alagoas é o maior exportador de peles e cria 22 mil jacarés por ano.

Cadeia produtiva
    Cadeia produtiva é uma atividade desenvolvida para obter a pele e a carne de jacaré. A carne passou a ser um produto de maior demanda para comercialização, apesar de antes ser considerado um subproduto.
As etapas da cadeia produtiva do jacaré são mostradas abaixo :



Carne de Jacaré

    A carne apresenta qualidade de primeira, um sabor suave, semelhante com a de lagosta. É considerada por países orientais um produto fino. A carne deve sair de criadouros comerciais autorizados pelo IBAMA e estar dentro das leis de normas de qualidade do MAPA, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 

    Os cortes realizados na carne são filé de cauda, filé de dorso, filé de lombo e membros, outros novos tipos de cortes na cauda foram criados para ter mais opções de comercialização. Após os cortes já citados a carcaça de jacaré já limpo e sem pele, são separados por cortes como ponta de cauda, filé de cauda, filé de lombo, filé de dorso, filé mignon, coxa, iscas e sobrecoxas. A carne é adquirida por restaurantes especialistas em pratos exóticos.


Pele de Jacaré

     O corte na produção de peles varia de acordo com as exigências do comprador. A indústria apresenta dois cortes, Belly e Hornback. o corte Belly exibe a parte da linha dorsal até o limite da cauda, o Hornback vai da média ventral até as regiões do pescoço, tronco e cauda.

    A pele é congelada após o abate e a esfola, nos curtumes ela é conservada, descongelada e acrescida. O Brasil possui um grande estoque de peles e já foi responsável por milhões de produções de pele de jacaré. 

Outros subprodutos 

    Os dentes e a banha do jacaré também podem servir para fabricar outros produtos como colares e cosméticos, as vísceras para produção de farinha de carne, seus miúdos para fabricação de ração de animais carnívoros, a carcaça serve também para fabricação de farinha e ração, para artesanato as patas e as cabeças, a urina também pode ser usada para a fabricação de fixador na indústria de perfumes. 




Referências:



sábado, 25 de setembro de 2021

Produtos e coprodutos de rã

        A rã, segundo a legislação brasileira, faz parte da categoria de pescado e sua carne é a principal mercadoria da ranicultura. O Brasil é o segundo maior produtor do mundo, apesar de que a carne de rã seja pouco difundida em nosso país.
        Ela tem um grande valor nutricional, contendo todos os aminoácidos essenciais para o ser humano, contém alto valor biológico, é hipocalórica e hipoalergênica, é uma carne leve (alta digestibilidade) e possui alto teor de cálcio elevado, apresenta uma coloração branco acinzentado ao rosa claro. Essas características só são conservadas se os cuidados são desde o manejo direto com os animais. A carne de rã é tradicionalmente apresentada congelada, sendo vendida em embalagens plásticas com a carcaça inteira, somente as pernas ou apenas partes da carcaça cortada de diversas formas. Mas não é muito atrativo ao público por causa de sua aparência, desse modo, têm surgido novas formas de comercializar essa carne e quebrar essas barreiras.

Carne de rã.
Disponível em: https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_686149-MLB44845038179_022021-O.jpg

        O abate desse animal possui etapas, e é baseado nos padrões de abate do frango. As etapas variam de acordo com o estabelecimento, os procedimentos padrões são:

Seleção e jejum dos animais: Ocorre a suspensão da alimentação do animal selecionado por no mínimo 24 horas antes do abate, para reduzir o gastrointestinal e as chances de contaminação do produto. O selecionamento vai do critério de cada um, respeitando um padrão de peso e tamanho,o animal não deve apresentar feridas, traumas, deformações e malformações.

Transporte: Veículos fechados com ventilação, nas horas menos quentes do dia. De preferência a entrepostos próximos ao ranário para que o risco de perder o produto seja menor. Os animais precisam ser colocados em recipientes fechados que façam pouca movimentação, mas que ainda evitem aglomerações, o que poderia levá-los a uma condição de asfixia.


Recepção e pesagem: Depois da chegada aos entrepostos os animais devem ser pesados, examinados por um agente de inspeção e logo depois serem colocados em um local com alta umidade ou com água potável e sombra para que possam ficar tranquilos, sem barulhos exacerbados, trepidações ou trânsito de pessoas ou animais.

Insensibilidade: Essa etapa serve para que o animal não sinta dor durante o abate, assim ocorre também com os peixes. A termonarcose é caracterizada pelo gelo em contato direto com os animais. Existem outras formas de insensibilidade, como a eletronarcose e a quiminarcose, mas a termonarcose é mais acessível economicamente e por isso ainda domina o país.
Insensibilidade termonarcose.
 Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=HTzNx68gLLI

Pendura e corte do colarinho: Depois de dez minutos após a insensibilidade, o animal é pendurado nas nórias de cabeça para baixo para que assim seja feito corte na região abaixo da cabeça (colarinho) com o auxílio de uma tesoura para facilitar a esfolação.


Nórias com rãs. 
Disponível em: https://img.comunidades.net/ran/ranamat/fotos_celular_330.jpeg

Sangria: Faz-se outro corte em formato de "V" na região gular das rãs para atingir os vasos da base do coração, causando a expulsão da maior parte do sangue. Seu principal objetivo é ocasionar a morte do animal. Apresenta também alguns benefícios: Coloração próxima do branco, contribuindo para um prazo maior de validade. Ficam durante 6 a 8 minutos no procedimento de sangria.

Transpasse e esfola: Com a rã presa a nória, em uma área limpa, um funcionário passa a inverter a posição do animal, fazendo com que esta rã fique de cabeça para cima. Logo após, acontece a esfola (remoção da pele).

Transpasse e eventração: Retornam à posição inicial da rã. Com uma tesoura, faz-se um corte na sua musculatura desde o manúbrio até o final da linha alba, expondo as vísceras e não modificando a integridade, para não ocorrer uma contaminação. Em seguida, um agente de saúde pública fará uma inspeção para detectar contaminações, ou afecções, no qual possam acarretar algum mal ao consumidor.


Evisceração e decapitação: Seguidamente, puxam os órgãos da rã para baixo ,com o intuito de removê-los e sem delonga, a remoção da cabeça do animal.
Evisceração e decapitação.
Disponível em: https://i.ytimg.com/vi/HTzNx68gLLI/maxresdefault.jpg
Corte de extremidades e toalete:
Se cortam as mãos e os pés dos animais, e com uma escova apropriada para o ato, removem os coágulos de sangue na carcaça da rã.

Pré-resfriamento e embalagem primária: Depois da limpeza na carcaça , os animais são colocados em bandejas plásticas ou metálicas e cobertas por gelo até que estejam embaladas em filmes plástico de PVC.

Congelamento rápido e embalagem secundária: Logo depois do revestimento em PVC , novamente são embaladas todas as carcaças e são levadas aos túneis de congelamento com ventilação. O tempo para o congelamento vai variar da temperatura.

Estocagem e Expedição: São postos os produtos neste setor em -18 °C para depois serem levados aos locais de comercialização. Os subprodutos restantes podem ser utilizados para outros meios, tais como: matéria prima para a fabricação de farinhas, entre outros ..



REFERÊNCIAS:

Pesquisa investe em rã, desenvolve produtos, manual e cria rede de cooperação


Etapas do processamento de rãs


Aquicultura - Rã - Abate
















sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Instalações e Manejo Zootécnico


01. Propriedades gerais de instalações

    A rã possui sete fases zootecnicamente, estágios de Reprodução, Larvicultura ou Girinagem, Engorda Inicial ou Recria e Engorda Final ou Terminação. Em um ranário há diferentes setores para esses estágios.
    O setor de reprodução é considerado um dos mais importantes em um ranário. Ele é formado pela área de mantança, com baias que separam machos e fêmeas e por pequenas piscinas, que recebem o nome de motéis, onde ocorre o acasalamento desses animais, se for manejado de maneira correta a produção rãs ao longo do ano continua mesmo nos meses mais frios.

Setor de reprodução. CRIBB E AFONSO, 2013, p. 33.

    O modelo semi-seco é o mais usado para as baias de mantença de reprodutores, nas de acasalamento usam as de baias coletivas, com muitas piscinas para cada casal de animais. Esse modelo é chamado de Reprodução Natural, porque não há interferência humana na seleção de acasalamento. O número de machos equivale ao número de motéis e a proporção macho: fêmea é de 1:2 ou 1:3. Em ranários de maior porte é comum acharmos baias de mantença pequenas, existe um controle maior de aspectos bióticos e abióticos relacionados com a fisiologia reprodutiva. Um desses aspectos é a temperatura, o fotoperíodo e a umidade, que devem possuir características como as dos meses de verão e primavera.
    Após o acasalamento os animais devem ter um tratamento hormonal, para que possam ter uma desova próxima as que acontece naturalmente. As taxas de fecundação podem ser consideradas boas quando são entre 70 e 85%, utilizando uma relação macho:fêmea na ordem de 3:1

02. Manejo de mantença

    Nas baias onde os animais se alimentam sempre devem ser limpas, pois é onde ficam restos de ração, urina, fezes e água das piscinas. Os restos de ração que ficam nos locais depositados não devem ser reaproveitados. A água também deve ser renovada, de preferência sem cloro, metais pesados e outros contaminantes químicos, a temperatura deve ser entre 21 a 25°C.
    A alimentação é composta por ração para peixes carnívoros. O volume deve ser fracionado em pelo menos três tratos diários. Os reprodutores fazem um jejum voluntário quando estão habilitado a acasalar, fazem para limpar a região da cloca para que os gametas não carreiem micro-organismos à sua descendência. Por isso é importante observar esses animais, pois quando começar a sobrar ração demais em um tanque, pode ser sinal de animais com aptidão ao acasalamento.
    É comum em baias de engorda visualizar machos de 100 gramas de peso vivo disputando territórios, isso acontece porque quando tem 50g iniciam a produção de espermas, em razão do estímulo dos hormônios masculinos, a prática de disputar a fêmea passa a ser constante. Mas as fêmeas só estarão aptas ao acasalamento por volta dos 180 a 200g. Os produtores devem ser renovados em um intervalo de tempo inferior a quatro anos, pois nessa idade seu desempenho decai comparado ao seus primeiros anos de vida.
    Na manutenção do ambiente os fatores mais importantes de controle são a densidade que não deve ser superior a 30 animais por metro quadrado, estimular sonoramente, tanto machos como fêmeas. É importante marcar os animais para controlar o processo reprodutivo, a marcação mais tradicional é pelo corte dos dedos (artelhos) quando ainda são imagos, mas outras formas como a microchipagem já estão no mercado.

03. Manejo no acasalamento natural

    Deve ser selecionado os animais de aptidão para acasalar com base nas suas características fenotípicas, os dois devem estar saudáveis, não possuir má formação e feridas. Como características que diferenciam o macho da fêmea, os machos possuem o tímpano tamanho duas a três vezes maior que os olhos, papo rugoso, manchas amarelo-esverdeadas na ventral do corpo, existência do calo nupcial, quando estão na fase do acasalamento apresentam canto nupcial que caracteriza a espécie. Os machos devem estar sujeitos ao acasalamento e devem apresentar todas as características acima, pode ser testado o amplexo colocando um ou dois dedos na região mediastínica do animal, se ele estiver pronto responderá o estímulo com o reflexo de amplexo. Quando estão nas baias de motéis, os machos defendem suas poças de acasalamento que só acaba quando atrai uma fêmea.
    As características das fêmeas de dimorfismo são: apresentar ausência do calo nupcial, tímpano do mesmo tamanho que os olhos,sem canto nupcial, papo liso e podem ou não ter manchas amarelo-esverdeadas na ventral do corpo. Elas devem ser dispostas na proporção de duas a três para o número de machos presentes e sua principal característica fenotípica é de ter uma enorme distensão abdominal. Os controles de ambiente de mantenção devem ser os mesmos na área de acasalamento.

04. Instalações e manejo de girinos

    Esse setor pode ser bem diversificado, o girino possui diferentes requisitos ao longo do tempo que vai se desenvolvendo. Começando pela parte de embrionagem, formada por pequenos tanques ou caixas d’água onde são colocadas as desovas do setor de reprodução. Quando o girino eclode, ele passa a ser chamado de G1 ou larva inicial. Eles apresentam brânquias externas nas duas laterais, bolsa vitelínica externa e ausência de um aparato digestório próprio para absorção de alimentos exógenos. Depois de 5 a 7 dias, que variam em função da temperatura e luminosidade. o vitelo inteiro é consumido e as brânquias se interiorizam, então o girino passa a ser chamado de G2, procura frequentemente por alimento no ambiente aquático, o ciclo de manejo de alimentação inicia-se. Sua alimentação é composta por ração e alimento natural, nesse momento ocorre a transferência para tanques de área de crescimento e desenvolvimento larval. Logo depois de alguns dias o G2 começa a apresentar o crescimento de pernas próximos da cauda, quando isso ocorre passamos a chamá-lo de G3 e em termos de manejo nada muda em relação a anterior, mas com a proximidade do fim da metamorfose, separamos dos demais. Começam o desenvolvimento dos braços do animal que rompem a pele já prontos e assim denomina-se a fase G4 ou clímax metamórfico.
    A duração da última fase é de 10 dias em média, e só termina com a absorção completa da cauda pelo animal. Eles ficam separados na área de metamorfose, que possui pequenos tanques semelhantes aos da embrionagem. Procura-se colocar pouca água, já que os animais estão na fase de transição para o meio terrestre.
    O girino pode ser criado em Tanque Natural ou Viveiro, que é um tanque escavado na terra coberto por telhas sombrite para proteger de predadores e cercado para evitar fugas. também existe o Tanque Artificial, uma estrutura feita de concreto, plástico, aço galvanizado, ou qualquer matéria não natural ao girino. Possui diferentes formatos, com entrada de água elevada em relação à saída, com cobertura ou não, instalado em galpão ou não. Nesses ambientes o alimento natural é menor do que nos viveiros naturais, o que faz com que sejam indicadas para as fases G1 e G4, já que os girinos não precisam de alimentos exógenos nesses momentos.

05. Manejo da embrionagem


    A desova deve ser feita em telas que flutuam na superfície dos tanques, chamadas de incubadoras. As telas têm a função de manter a desova onde existe a maior disponibilidade de oxigênio e fazer com que a pressão da coluna d’água não inviabilize o desenvolvimento do embrião fazendo-o morrer. Não é preciso fornecer nenhum alimento ao ovo, porque eles apresentam vitelo (reserva alimentícia) e seu aparato digestivo ainda não está pronto para absorver partículas exógenas. Colocar alimentos pode trazer uma piora na qualidade da água, causando reações deletérias aos animais. A renovação da água deve ser pequena e possui as mesmas especificações da que abastece o setor de reprodução.

06. Manejo do crescimento e desenvolvimento dos girinos:

    Começa após a interiorização das brânquias e absorção do vitelo , no qual o ambiente deve estar bem preparado. Contudo, deve iniciar- se com a renovação da água dos tanques.
A alimentação dos animais são bem rígidas, contendo alimento natural: Perifíton , zooplâncton na água, etc.. E alimento artificial: Ração comercial para peixes em pó.
    A verificação dos aspectos dos animais poderão ser realizadas a cada 15 dias. Os tanques naturais devem ter uma densidade de 3 litros de água por girino , diferente dos tanques artificiais que deverão ter apenas 2 litros por girino. Com uma boa qualidade de água e uma alimentação correta , determinaria um período de 75 dias a fim de que essa fase de desenvolvimento e crescimento passe a representar um peso igual ou maior a 8g. Após desocupar um tanque de girinos deve-se fazer uma higienização seguindo o protocolo.
  • Manejo da Metamorfose Final.
    • Os animais que foram transferidos e selecionados para a área de metamorfose final, serão postos em seus tanques pertencentes. Quando suas caudas estiverem absorvidas por completo, poderão deixar o setor e se alimentar de ração e larvas

07. Instalações e Manejo de Imagos e Rãs:


  • Características Gerais.
    • Por fim, depois de 3 meses, estes animais estarão prontos para serem levados ao setor de engorda inicial. O chamamos de imagos,e agora a sua única fonte de alimentação será a ração. Quando estão acima de 50 gramas, os imagos passarão a ser chamados de rãs, iniciando a fase de reprodução.
  • Instalações e Modelos utilizados.
    • Sistema semi-seco de engorda: O Tanque ilha. Tal sistema possui uma baia no formato de um quadrado, uma área seca nas bordas, uma área alagada posterior e uma área no interior seca. Inúmeras fases de rãs eram criadas e conseguiam ser encontrados reprodutores, desovas e girinos na área alagada.
Surgiram 3 sistemas semi- secos em 1980: Sistema de confinamento, o anfigranja e o ranabox. Os dois primeiros sistemas causaram um impacto positivo na ranicultura mundial.

08. Manejo dos Imagos e Rãs:


    A limpeza da baia e a renovação da água, são extremamente importantes no manejo dos imagos e rãs. Tem de retirar os animais mortos com auxílio de uma pá e uma vassoura para a eliminação de sujeiras. Os alimentos coletados deverão ser levados a um forno crematório.
    A
 alimentação dos animais também são de suma relevância. Nas baias semi - secas podendo ter ração e larvas de moscas domésticas, e nos inundados poderão ter apenas ração.
    O alimento deverá ser calculado por 3% do peso total da biomassa para os imagos e 5% para as rãs acima de 50 gramas. O alimento por dia terá que ser dividido em 4 tratos (8,11,14 e 17 horas). Sempre após a saída de um lote de animais em baias necessita de uma higienização e recomenda -se a troca de desinfetantes para esse procedimento.

09. Observações gerais.


    Todos os setores, sem exceção , precisam ter fichas de controles, com entradas e saídas dos tanques, a quantidade de ração por dia e mortalidade, além das outras observações, caso necessárias. O Desenvolvimento computacional é indispensável para o processamento de dados coletados e afins, facilitando o negócio.


Referências:
CRIBB, André Yves; AFONSO, Andre Muniz; MOSTÉRIO, C. M. F. Manual técnico de ranicultura. Embrapa, Brasília, v. 73, 2013.

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Biologia da rã-touro americana

01. Características da espécie


  • Nome popular: Rã-touro gigante.


  • Nome científico: Lithobates catesbeianus, anteriormente, Rana catesbeiana.


  • Origem: América do Norte.


  • Espécie exótica.


  • Originária da América do Norte.


  • Induzida ao Brasil em 1935.


Rã-touro.
Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/aa/North-American-bullfrog1.jpg/280px-North-American-bullfrog1.jpg 

02. Temperatura

  •  As rãs são animais ectotérmicos (precisam do ambiente como fonte de calor) e são pecilotérmicos ( não tem um mecanismo interno para regular a temperatura interna). Por fim, a temperatura e o metabolismo de seu corpo diversificam de acordo com a temperatura do meio no qual habita.


  • Mudanças  de temperatura do ambiente podem prejudicar o consumo de alimentos e consequentemente seu crescimento. 


  • Em temperaturas baixas, as rãs reduzem  o consumo de alimentos e  sua taxa de crescimento.

 

  • A faixa ideal para um excelente progresso da rã-touro é entre 25° C. e 28° C. 



     

      03. Ciclo de vida.

  •  Fase aquática (vai da fecundação até o  final da metamorfose).


  • Fase  terrestre (de imago a adulto) .


  • Vivem em fase inicial de vida como girinos, logo após, desenvolvem as pernas, os braços, perdem a cauda e as brânquias por causa do processo de metamorfose, formando-se em imagos, quando obtém a imagem que se manterá na vida adulta.

Ciclo de vida das rãs.
Disponível em: https://image.slidesharecdn.com/slides-090301130324-phpapp02/95/reotiles-y-anfibios-12-728.jpg?cb=1235912619 

    

 04. Fase Aquática: Fecundação a girino.


O acasalamento da rã-touro acontece dentro da água, com o casal semi submerso, mantendo olhos e narinas na superfície. O macho abraça a fêmea pelo dorso, segurando na região das axilas e comprimindo a fêmea. O casal libera gametas e espalham a desova com as patas para o corpo d 'água. Depois de espalhados acontece a fecundação de forma externa dos óvulos pelos espermatozóides. Em seguida, o ovo se desenvolve de embrião para larva, onde possui botão caudal, brânquias e batimentos cardíacos. Começa a crescer e mudar, as brânquias funcionam dentro do corpo, permanecendo a abertura do sifão lateral, que passa o fluxo da água, entrando pela boca e atravessa as brânquias, ocorrendo assim a respiração. 

Na fase de girino tem duração de 70 dias até vários meses,  de acordo com a temperatura da água. Os girinos possuem respiração branquial, cutânea e bucofaríngea. Alimentam-se de algas, bactérias, fungos, substratos e partículas suspensas na água.


     

  05.  Metamorfose: de girino a imago.


  • Fase 1 - São os seus primeiros dias de vida. Se alimentam dos micro-organismos (são bactérias, fungos, algas) de  flutuantes (planctônicos)  e outros substratos (perifíton). Nos ranários passam a receber gradualmente  ração em pó.


  •  Fase 2 - Introduz a metamorfose (quando os  membros se desenvolvem e é capaz de se observar dois pequenos apêndices na parte posterior do corpo. 


  • Fase 3 : Exterioriza- se as patas posteriores quase por completo, porém não estão ainda totalmente formadas. Se inicia a pré metamorfose.


  •  Fase 4 - Quando os girinos chegam perto do clímax da metamorfose. As suas quatro patas estão  prontas, as posteriores  já possuem o aspecto das pernas do adulto.


  • Fase 5 -  Clímax da metamorfose. As suas patas anteriores se exteriorizam. A sua cauda, ainda enorme, se afila e vai sendo absorvida gradualmente, atribuindo  energia para o animal , que enquanto isto, não se alimenta. O período da metamorfose vai depender da temperatura do ambiente. Modificações que acontecem no decorrer do clímax da metamorfose : a respiração, a circulação, a digestão, os órgãos dos sentidos (olfato, visão) e com os membros.

Girinos de Rã-touro.
Disponível em:https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_664182-MLB46224260450_052021-W.jpg  

  


06. Fase terrestre: Imago a adulto.


Depois da metamorfose, o animal passa a viver em um ambiente terrestre, com respiração pulmonar e cutânea. Com o papo ou região gular, a rã-touro realiza a hematose, através da vascularização e aos movimentos oscilatórios quando ela infla e esvazia o papo frequentemente. Nessa fase recebe o nome de Imago. 

O imago tem o corpo similar ao do adulto, mas imatura sexualmente. O sistema digestivo também é modificado, na fase terrestre o imago passa a ser carnívoro, se alimentando de insetos, crustáceos, moluscos, anelídeos e pequenos vertebrados.

A rã possui a pele epitelial fina e flexível, encarregada de ser uma barreira contra organismos infectantes. Também possuem a pele bastante úmida e vascularizada, tornando-as assim dependentes das condições climáticas do habitat, dependem da água e implicitamente da umidade do ar.

Os adultos possuem diferenças morfológicas entre machos e fêmeas (testículo ou

ovário), é aquela que indica qual o seu sexo.


Imagos de Rã-touro.
Disponível em: https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_78042 7-MLB40259681652_122019-V.jpg


Rã-touro adulta.
 Disponível em: https://meusanimais.com.br/wp-content/uploads/2020/11/ ra-touro-americana-animais.jpg


 

Histórico da Ranicultura no Brasil

        Em 1935, a ranicultura iniciava-se no Brasil, no estado do Rio de Janeiro na região da Baixada Fluminense, por meio de Tom Cyrril Harrison (técnico canadense em ranicultura), que trouxe 300 casais de rã-touro americana (Lithobates catesbeianus), e assim surgiu o Ranário Aurora, primeiro ranário brasileiro.

Rã-touro americana.
Disponível em: https://meusanimais.com.br/wp-content/uploads/2020/11/ra-touro-lago-animais.jpg

        40 anos depois da chegada da rã-touro ao Brasil, pesquisadores realizaram um encontro no ano de 1978 com a finalidade de saber mais sobre os cientistas e produtores que trabalhavam com a rã-touro. Esse encontro foi denominado de ENAR (Encontro Nacional de Ranicultura). Desse modo os sistemas de criação foram aprimorados, a alimentação mudou, não sendo mais composta apenas por insetos, a ração foi incluída à dieta desses animais, o sistema de reprodução e de ciclo de vida foi estudado com mais clareza, junto com as doenças mais comuns desses animais.

       Os primeiros ranários brasileiros foram construídos a partir de 1975, o Prof. Dr. Luiz Vizotto, o “Pai da Ranicultura Brasileira” propôs o sistema de Baias estreitas com forma de plataforma em uma das laterais, onde eram depositados substratos orgânicos atrativos para as moscas.
        Outro sistema proposto foi o de Tanque-Ilha, pelo Dr. Dorival Fontanello e sua equipe em 1980. Nesse sistema as baias eram utilizadas como uma ilha central, e lá eram depositados produtos orgânicos destinados à proliferação de insetos.
        O sistema de Confinamento, proposto por pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia, é composto de alvenaria, mede de 10 a 15 m² cada. Constituído por compartimentos com formato retangular, placas pré-moldadas de argamassa armada e cobertos com telhas de fibrocimento e com piscina que ocupa cerca de 25% da área da baia.
        O sistema Anfigranja, sugerido por Roberto de Castro Aleixo e colaboradores da Universidade Federal de Viçosa, possui construções em forma de galpões tradicionais, cujas baias de recria apresentam uma disposição linear de seus elementos básicos (cocho, abrigo e piscina), com dimensões variando de 12 a 40 m², esse sistema não usa carcaça dessemelhante as outros, tanto melhor do que os demais. Desenvolveu bastante, principalmente em condições higiênicas.
        O sistema de Gaiolas foi proposto pelo Dr. Fontanello e sua equipe a engorda de rãs em gaiolas, é bastante utilizado para animais de pesquisas. Possuem aspectos de baias, porém com proporções reduzidas, as baias podem ser conservadas em laboratórios de pesquisas, que contam com a facilidade do manejo e coletas de dados. Sofreu um melhoramento técnico nas gaiolas no que se atribui ao manejo físico e nutricional.
        O sistema Ranabox foi proposto pelo Sr. Haroldo Aguiar, as instalações constituídas de baias dispostas verticalmente, possuindo peças de telhas de fibrocimento, com distância de 30 cm entre elas. Também conhecido como a “criação de rãs em andares”.

Sistema Ranabox. Disponível em: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTCb3nT9cq7BNjrr2vU_ROlVml1mmWz4E6ura4PgtVAy7w6fquJNDplV2cHIXDhG5W2-CQ&usqp=CAU

        Outra vez o Dr. Fontanello e sua equipe em 1993, divulgaram os resultados das apurações comparativas com a engorda de rãs, feitas entre os sistemas de Tanque-Ilha, Confinamento, Anfigranja e Gaiolas e ao uso de estufas agrícolas para elevar a temperatura ambiente. Foi feito então o sistema Climatizado.
        Em 1995, por Mazzoni e colaboradores, o sistema Inundado foi originalmente elaborado em Taiwan e levado ao Brasil por criadores argentinos neste mesmo tempo. Empenha-se com elevadas densidades e mantém-se inteirada por água.
        O sistema Rana Piscina desenvolvido por Luiz Carlos Dias Faria, é diferente dos tradicionais, mudando os tanques de alvenaria ou concreto por piscinas de lona, é uma derivação de sistema inundado.

Sistema Rana Piscina. Disponível em: https://vet.ufmg.br/ARQUIVOS/FCK/image/3(7).jpg

        Com o decorrer do tempo novas tecnologias ajudaram a formar novas adaptações, muitas dessas novas adaptações surgiram por ideias preconizadas por seus autores, os mesmos não puderam garantir os índices de zootécnicos propostos em seus trabalhos originais. E assim denominaram esses sistemas empíricos, que apresentam princípios básicos dos sistemas existentes, de sistemas Híbridos.
        O consumo da carne de rã era um hábito praticado na China por mais de quarenta séculos, sendo considerado saudável pelos gregos. Esta carne é indicada para dietas hipocalóricas e hipolipídicas, por ter um valor calórico e teor de lipídios mais baixos. O Brasil é considerado o maior produtor de rãs em sistema intensivo do mundo. A carne de rã congelada é o principal produto encontrado no varejo atacado.

Carne de rã congelada.
Disponível em: https://peixariaz13.com.br/wp-content/uploads/2015/03/carne-de-ra.jpg

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Sistema Circulatório dos Anfíbios Anuros

 Os adultos possuem um coração com três cavidades, um ventrículo em baixo e dois átrios em cima, porém quando são girinos têm apenas duas cavidades (áreas ocas em um corpo).


Disponível em: https://i.pinimg.com/originals/14/cb/79/14cb796d9ecbec10a2ac911f1a87c101.gif

 

 SISTEMA CIRCULATÓRIO:

  • Fechado.

O sangue (arterial ou venoso) sempre passa por dentro de vasos sanguíneos (veias ou artérias).


  • Duplo.

O sistema circulatório é duplo porque o sangue vai para coração, para o pulmão, volta para o coração pra depois poder ir para o corpo, ou seja, passa duas vezes pelo coração.


  • Incompleto.

É quando ocorre uma mistura entre o sangue arterial e venoso, por isso é chamado de sistema circulatório incompleto.

A= átrios
V= ventríloquos

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Sistema Respiratório dos Anfíbios Anuros

    Os anfíbios anuros possuem quatro tipos de respiração: Branquial, Cutânea,  Bucofaríngea e Pulmonar

Quando são girinos e vivem no ambiente aquático, os anfíbios anuros respiram atrás das brânquias, mas também apresentam respiração cutânea.


Respiração cutânea.
 Disponível em: https://i2.wp.com/pontobiologia.com.br/wp-content/uploads/2017/02/respiraci%C3%B3n-en-los-anfibios.jpg?resize=768%2C716&ssl=1

A respiração cutânea é a principal forma de respiração dos anfíbios, embora ao atingir o estado adulto, foi comprovado que a captação de oxigênio pela pele é mínima, mas a expulsão de dióxido de carbono é alta. Ocorre através da troca gasosa da pele, o gás oxigênio, em maior concentração no ambiente externo, tende a entrar para o interior do corpo do animal, onde encontra-se em baixa concentração. Nos anfíbios adultos a respiração é feita através dos pulmões e pela superfície corporal (fina e úmida), porém os pulmões dos anfíbios não são muito eficientes, mas atua como complemento da cutânea.  

Na respiração bucofaríngea existem membranas na boca do anuro, o animal toma o ar e o mantém na boca. Enquanto isso, essas membranas, altamente permeáveis ​​ao oxigênio e dióxido de carbono, realizam as trocas gasosas, embora em pouca quantidade.


Como ocorre :

Pelas narinas o ar entra, o anfíbio contrai a musculatura,cavidade da coana aumenta de volume, o ar consegue entrar, fecham as narinas, quando relaxam a musculatura o glote (é uma válvula importante porque faz com o ar fique por mais tempo no pulmão) abre e o ar chega ao pulmão, quando o ar entra, a região do pulmão vai ficar mais concentrada de oxigênio. O O2 por difusão será  transportado para os vasos sanguíneos através do sangue e vai ser transportado para todo os tecidos do organismo.


Respiração dos anfíbios anuros. Disponível em: http://pontobiologia.com/wp-content/uploads/2017/10/coaxar_anf%C3%ADbios.png




Crocodilianos e Quelônios

Quelônios      A tartaruga da Amazônia é o maior quelônio de água doce da América do Sul, pode atingir 80 cm de comprimento por 60 cm de lar...